Na tarde do dia 14, último dia da VI Semana de Alfabetização da SME-Rio, subiram ao palco diversas professoras que foram alfabetizadas na Rede Pública Municipal de Ensino e que, atualmente, ensinam os alunos a ler, escrever e contar.
Em muitos discursos, uma mensagem em comum: a necessidade de criar pontes e não abismos, continuidades e não rupturas dolorosas na passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Que a entrada para o 1º ano seja sinônimo de voo, de aventura, e não de medo e de perda. Que as brincadeiras tenham seu lugar”, sintetizaram as professoras Denise Cruz e Gabriela Salgado em dois poemas feitos para a ocasião.
O período da tarde começou com as palestras de Margarida dos Santos, professora do Colégio de Aplicação da Uerj, Gina Paula, da Gerência de Ensino Fundamental da SME, e Luan Gomes, da Gerência de Educação da 4ª CRE. Eles falaram sobre Educação Infantil e Ensino Fundamental: espaços de transição.
Para Margarida dos Santos, é preciso propiciar às crianças da Educação Infantil o contato com múltiplas linguagens para que elas sejam como “terra fértil” quando chegarem ao 1º ano, e reconhecer nelas um ser humano potente, que precisa ser ouvido. “Aprendi com o filósofo alemão Walter Benjamin, que escreveu no período da Segunda Guerra Mundial, que tudo pode ser conversado desde que afete a criança. Nossos estudantes, muitas vezes, vivem situações de conflito armado. Devemos ouvi-los sobre tudo o que importa para eles e trabalhar a partir dessas vivências.”
Gina Paula salientou o poder da leitura na passagem para a alfabetização. “Devemos promover o encontro com o novo. Se a leitura, principalmente literária, fizer sentido para os estudantes, não haverá um salto no desconhecido, mas uma passagem para um mundo maior, que pode ser interessante.”
Luan Gomes lembrou que a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve ser parte de um processo contínuo, já que a criança tem o direito de estar na escola a partir dos 4 anos. “Não devemos perder o norte da missão de cada etapa. No entanto, o diálogo entre as etapas pode amenizar possíveis tensões.”
Três professoras da Rede apresentaram experiências exitosas: Elaine Rusenhack, da E.M. Nova Holanda (4ª CRE), na Maré, Keila Pinto do Nascimento, da E.M. Zituo Yoneshigue (6ª CRE), em Ricardo de Albuquerque, e Nina Monteiro, do Ciep Francisco Cavalcante Pontes de Miranda (9ª CRE), em Campo Grande.
Elaine falou sobre o projeto A Apostila Dá Sopa: Trabalhando Textos Reais na Sala de Aula, com o qual aproximou os estudantes dos Cadernos Pedagógicos. “Mostro-lhes que a alfabetização é uma tecnologia da qual eles podem se apropriar para se inserir socialmente. Coloco todo o material que a escola disponibiliza, como os globos terrestres, à disposição das crianças para serem manuseados. Não tenho medo que quebrem. Onde mais vão ter acesso a bens culturais? Alfabetizo crianças das classes populares. A escola não pode ser um lugar triste. Tem que ter alegria.”
Keila trouxe o trabalho Lendo... Escrevendo... Criando. A equipe parte sempre de livros literários para desenvolver diversas atividades, como dramatização, produção de textos, até chegar a um dia de festa, quando os estudantes apresentam uma adaptação teatral. “Cada turma escolhe uma história, cria o cenário e se apresenta para os colegas e responsáveis.”
Nina Monteiro dá aulas para o 3º ano. Os estudantes a questionaram sobre o valor do gênero literário “carta” nos dias atuais. Ela respondeu criativamente, propondo que fizessem uma carta coletiva convidando os outros colegas para um cinema com pipoca. A disputa foi grande para eleger democraticamente quem leria a carta para os destinatários. Gostaram tanto que, depois, fizeram cartas individuais com os mais variados conteúdos. A Geografia pôde ser trabalhada com o preenchimento dos endereços nos envelopes. “Vejo-me como orientadora para que adquiram autonomia”, disse a professora.
13/02/2019
Mesa-redonda com Margarida dos Santos, professora do Colégio de Aplicação da Uerj, Gina Paula, da Gerência de Ensino Fundamental da SME, e Luan Gomes, da Gerência de Educação da 4ª CRE, sobre Educação Infantil e Ensino Fundamental: espaços de transição.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
Uma contextualização histórica da alfabetização na Rede Pública Municipal de Ensino do Rio, por Teresa Cristina Araújo, supervisora da 3ª CRE, e Ana Cristian Veneno, da Assessoria de Articulação Pedagógica da MultiRio. E uma conversa com a professora Cecilia Goulart, doutora em Letras e coordenadora do Grupo de Pesquisa/CNPq Linguagem, Cultura e Práticas Educativas, sobre oralidade, leitura e produção de textos.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
Palestra sobre educação literária com Cintia Barreto, doutora em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora da pós-graduação em Literatura Infantil e Juvenil da Universidade Candido Mendes. Confira, também, a mesa-redonda "A docência e a produção de conhecimentos em alfabetização", com as professoras Liliane Marins, da Gerência de Alfabetização, Raquel Moraes, da E.M. São Domingos (3ª CRE), Adriana Afonso, do Ciep Almir Bonfim de Andrade (7ª CRE), e Letícia Santos da Cruz, da Gerência de Educação da 9ª CRE.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
A doutora em Educação pela Uerj Sônia Mendes e a doutora em Linguística Aplicada pela UFRJ Solimar Silva participam da VI Semana de Alfabetização. As duas falam sobre "Saberes docentes: premissas para uma educação pautada na sensibilidade e no planejamento cooperativo", durante o evento organizado pela Gerência de Alfabetização da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
A mesa "A integração das áreas de conhecimento em alfabetização" contou com Renata Surrage, Márcia Dias, Roberto Antunes e Marcellus Silveira, professores coordenadores na SME de Língua Inglesa, Educação Física, História e Geografia, respectivamente. Eles falaram sobre como cada uma dessas áreas pode contribuir no processo de alfabetização.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
A professora da Uerj Amélia Ribeiro Escotto, a professora da Rede Municipal de Ensino do Rio e do programa de pós-graduação em Educação Básica da Uerj Jonê Baião e a coordenadora de revisão curricular da SME Cristina Lima participam da VI Semana de Alfabetização da SME. Elas conversam sobre oralidade, leitura, escrita e análise linguística nas orientações curriculares para a alfabetização, no auditório da Escola de Formação Paulo Freire.
VI Semana de Alfabetização
13/02/2019
A Secretaria Municipal de Educação realizou a VI Semana de Alfabetização, reunindo professores alfabetizadores e especialistas em torno de debates, mesas-redondas e apresentações de trabalhos na Escola de Formação Paulo Freire.
VI Semana de Alfabetização
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Percursos, métodos e experiências são destaque na manhã do terceiro e último dia da VI Semana de Alfabetização.
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Professoras alfabetizadoras da Rede Municipal e a palestrante Cíntia Barreto falam sobre literatura infantil e a prática docente na alfabetização.
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Tema é debatido na abertura da VI Semana de Alfabetização, organizada pela SME-Rio.
VI Semana de Alfabetização